Ageu.2:11-19
Vemos como fato que a igreja do Senhor tem enfrentado momentos difíceis. Como escreve Paulo em sua carta aos coríntios que “... existem muitos fracos e doentes no nosso meio...”.
Visando esta problemática na igreja do Senhor a palavra de Deus nos traz alguns conselhos importantes e necessários para não desviarmos os olhos de tudo aquilo que o nosso Deus tem feito até o dia de hoje por nós.
É comum encontrarmos irmãos(as) questionando se Deus realmente tem ouvido suas orações, e o porque de seu silêncio. No entanto este mesmo questionamento não é levantado por cada um de como estamos nós diante deste Deus!
O texto de nossa reflexão pertence a porção do terceiro sermão de Ageu, enfatiza a grave corrupção do povo e de seus esforços para serem atendidos por Deus. Ageu compreende que o povo corrompeu o trabalho do templo e suas ofertas, observou que a alienação de Deus por parte do povo era muito maior do que ele imaginava.
A mera presença de um templo reconstruído não iria torná-los santos como povo (cf. Jr 7.3-7); Deus exige mudança genuína de coração e vida.
Esboço:
11 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Pergunta, agora, aos sacerdotes a respeito da lei:
Deus manda ao profeta que se dirija aos sacerdotes, os quais tinham como uma das funções, segundo a Bíblia, ensinar a lei ao povo (Dt 33.8, 10). Ele começa a fazer perguntas técnicas sobre a Torá dirigida aos seus guardiões e intérpretes autorizados.
São duas perguntas: uma no v. 12 e outra no v. 13. A pergunta do v. 12 é sobre santidade e a pergunta do v. 13 é sobre impureza.
12 Se alguém leva carne santa na orla de sua veste, e ela vier a tocar no pão, ou no cozinhado, ou no vinho, ou no azeite, ou em qualquer outro mantimento, ficará isto santificado? Responderam os sacerdotes: Não.
Quanto a pergunta sobre santidade o profeta aplica alguns símbolos que são importantes. Orla, aqui, é a capa ou manto da veste de alguém. A situação imaginada seria a seguinte: se alguém enrolar uma carne que foi oferecida em sacrifício a Deus – portanto, uma carne consagrada, santa – e essa capa ou manto tocasse em outro mantimento, tal mantimento seria santificado? A resposta é “não”. Isso porque santidade não se transfere!
É muito comum vermos alguns irmãos gostarem de andar com aqueles irmãos “espirituais” jugando que, pela companhia dessas pessoas estará alcançando alguma santidade. Já a Bíblia nos ensina que a santidade é um processo que acompanha aquela nova vida em Cristo.
Um processo que se iniciou na conversão e que decorre todos os dias, onde a obediência é necessária para que a santidade de Cristo se concretize a cada dia em nossas vidas. A santidade é alcançada mediante uma busca correta na palavra e em Deus “...Sede santos por que eu sou santo”.
13 Então, perguntou Ageu: Se alguém que se tinha tornado impuro pelo contato com um corpo morto tocar nalguma destas coisas, ficará ela imunda? Responderam os sacerdotes: Ficará imunda.
Já a pergunta sobre impureza vemos na prescrição nas leis cerimoniais judaicas (Lv 11.27, 28, 31 e 32) que a impureza se trasnmite. Logo, a resposta foi certa: “sim”. O que o profeta quer dizer é que é mais fácil transmitir corrupção do que santidade.
Podemos apanhar resfriado pelo contato com quem o tenha, mas ninguém pode transmitir santidade a outra pessoa.
14 Então, prosseguiu Ageu: Assim é este povo, e assim esta nação perante mim, diz o SENHOR; assim é toda a obra das suas mãos, e o que ali oferecem: tudo é imundo.
Ageu conclui o que ele quis transmitir com as duas perguntas feitas anteriormente: tudo que a nação oferece a Deus está contaminado pelos seus pecados. Se estivessem em um estado de santidade, certamente Deus aceitaria de bom grado a oferta de suas mãos. Porém, tudo que oferecem está contaminado pelos seus pecados (veja Is 1.13).
“O que ali oferecem”. Como o templo ainda não estava concluído havia um altar onde os sacrifícios eram oferecidos (Ed.3:3). O fato de que era possível sacrificar, mesmo sem o templo, colaborava para o conformismo do povo.
O conformismo é um problemão! Entramos e saimos da igreja e não nos importamos como vai a nossa vida espiritual. Esperamos novamente o próximo culto da semana e assim por diante. Entregamos as ofertas, dízimos, contribuimos com o departamento, ajudamos em alguma coisa e nos conformamos.
Como vimos neste verso, todas as ofertas estavam contaminadas pela impureza. Ou seja, quem sou eu para julgar você, mas como vai seu relacionamento com Deus? Você está conformado simplesmente a cumprir um programa cronológico da igreja?
A intenção desta mensagem dura certamente é para que o povo não se acomode de novo, mas continue no seu intento de reconstruir a Casa do Senhor. E qual é o nosso intento? Como igreja temos uma missão primordial a ser cumprida, não nos acomodemos! Não enterre seus dons! Não esconda seus talentos!
Para reforçar o incentivo, o profeta passa a mostrar ao povo a vantagem de ele ter obedecido a Deus e recomeçado a reconstrução.
15 Agora, pois, considerai tudo o que está acontecendo desde aquele dia. Antes de pordes pedra sobre pedra no templo do SENHOR,
16 antes daquele tempo, alguém vinha a um monte de vinte medidas, e havia somente dez; vinha ao lagar para tirar cinqüenta, e havia somente vinte.
“Agora”. Esta palavra assinala uma transição entre a acusação e a bênção. O profeta começa a fazer uma recapitulação do passado, para mostrar ao povo os benefícios de terem sido obedientes.
Primeiramente, ele retorna ao período anterior ao apelo que ele fez ao povo. Como já foi visto em 1.6, 9-11, foi um período muito difícil, marcado por uma escassez resultante da seca mandada por Deus.
Prestemos atenção: o profeta se refere àquilo que acontecia antes de o povo obedecer ao seu primeiro apelo (1.14) – período difícil. Os tempos difíceis as vezes são colocados por Deus para podermos chegar a consciência da nossa situação diante de Deus. Com certeza é certa a afirmação que os nossos pecados nos faz separação de Deus.
17 Eu vos feri com queimaduras, e com ferrugem, e com saraiva, em toda a obra das vossas mãos; e não houve, entre vós, quem voltasse para mim, diz o SENHOR.
A BLH traz a seguinte tradução para este verso: “Eu os castiguei com ventos muito quentes, com pragas nas plantas e com chuvas de pedra e assim destruí todas as suas plantações...” Note que Deus causou condições climáticas desfavoráveis para ferir o povo.
Os desastres naturais como esses e a ausência de produtividade agrícola é resultado do amargo fruto da desobediência à Aliança do Senhor (ver 1.6), eram o modo de Deus chamar a atenção do seu povo.
18 Considerai, eu vos rogo, desde este dia em diante, desde o vigésimo quarto dia do mês nono, desde o dia em que se fundou o templo do SENHOR, considerai nestas coisas.
Ageu anuncia que, desde aquele dia em que ele estava trazendo sua terceira mensagem em diante, data que Deus considera como o fundamento do “novo” templo, algumas coisas irão ocorrer. O profeta, a partir do v. 19, começa a revelar as bênçãos que virão como resultado da obediência do povo.
19 Já não há semente no celeiro. Além disso, a videira, a figueira, a romeira e a oliveira não têm dado os seus frutos; mas, desde este dia, vos abençoarei.
Primeiro, o fato é constatado: há escassez! Mas desde agora isso vai mudar. Note que a abundância de alimentos faz parte das promessas de bênçãos aos obedientes, conforme se lê em Dt 28.
A graça de Deus supera o pecado e a corrupção do seu povo. Embora ele os discipline, no fim a misericórdia triunfa sobre o julgamento. Apesar de seu passado corrompido, o santo Deus estava determinado a abençoá-los.
Conclusão
Deus se dipõem a abençoar a todos os seus filhos que lhe obedeçam. O provável silêncio de Deus mostra que algo tem que ser analisado em nós. Deus espera ansiosamente abençoar-nos, mas não tolera o pecado.
Hoje! Agora! É o dia de o Senhor abençoa-lo! Veja o estado que você se encontra. Lembre-se que quando você está em obediência a bênção do Senhor está sobre você.
E hoje? Hoje é o dia de pedir perdão a Deus. De desfrutar da sua graça. Deus te ama.
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