Teologia Reformada
Todo protestante
basicamente proclama a mesma mensagem: A palavra de Deus está acima de todas as
tradições humanas, a salvação acontece pela graça mediante a fé somente, todo
cristão verdadeiro é sacerdote de Deus e não há necessidade de nenhum outro
mediador senão o próprio Jesus Cristo.
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Só a graça e a fé = a salvação pela graça mediante a fé
somente = fé nos méritos de Cristo
·
Só a Escritura = as Escrituras acima de todas as demais
autoridades da fé e da prática cristã
·
Só Cristo = Cristo
como o centro da pregação e o exemplo a ser seguido.
A teologia reforma tem como base levar
a igreja de Jesus Cristo de volta aos verdadeiros alicerces do Novo Testamento
Na primeira geração, a teologia cristã
protestante teve quatro ramificações:
·
Luterana (alemães)
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Reformada (os suíços)
·
Anabatista (Reforma radical)
·
Anglicanos (Inglaterra)
A Suficiência da Escritura
Primeiro, é necessário compreender o que a SOLA
SCRIPTURA faz e o que ela não declara. O princípio Reformador da SOLA SCRIPTURA
associa-se à suficiência da Escritura como nossa autoridade suprema em todas as
questões espirituais. SOLA SCRIPTURA significa simplesmente que toda verdade
necessária para nossa salvação e vida espiritual é ensinada tanto explícita
como implicitamente na Escritura.
Não se pretende que toda verdade de todo tipo
seja encontrada na Escritura. Os defensores mais ardorosos da SOLA SCRIPTURA
admitem, por exemplo, que a Escritura tem pouco ou nada a dizer acerca das
estruturas do DNA [ácido ribonucléico], microbiologia, regras da gramática
chinesa ou a ciência dos foguetes interplanetários. Esta ou aquela “verdade
científica”, por exemplo, pode ou não ser realmente verdadeira, pode ou não ser
abonada pela Escritura — mas a Escritura é uma “Palavra mais segura”,
mantendo-se acima de toda outra verdade em sua autoridade e exatidão. Ela é
“mais confiável”, de acordo com o apóstolo Pedro, do que os dados que
conseguimos de primeira mão por intermédio de nossos sentidos (2Pe 1.19).
Conseqüentemente, pois, a Escritura é a autoridade mais alta e suprema acima de
qualquer matéria em que ela se manifeste.
Há muitas questões importantes, porém, sobre as
quais a Escritura silencia. SOLA SCRIPTURA não diz o contrário. Nem advoga que
tudo o que Jesus ou os apóstolos ensinaram está preservado na Escritura. Ela
tão-somente indica que tudo o que nos é necessário, tudo o que se acumula em
nossa consciência e tudo o que Deus requer de nós é proporcionado pela
Escritura.
Além disso, somos proibidos de acrescentar ou
retirar palavras ou conceitos da Escritura (cf. Dt 4.2; 12.32; Ap 22.18,19).
Fazê-lo é pôr sobre os ombros das pessoas um fardo que o próprio Deus não
tencionou que elas carregassem (cf. Mt 23.4).
A Escritura é, portanto, o padrão perfeito e
único de verdade espiritual, revelando infalivelmente tudo o que devemos crer
para nossa salvação, e tudo isso devemos fazer para glorificar a Deus. Isso -
nem mais, nem menos - é o que SOLA SCRIPTURA ensina.
A Confissão de Fé de Westminster define a
suficiência da Escritura nestas palavras: “Todo o conselho de Deus concernente
a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida
do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser deduzido dela.
À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do
Espírito, nem por tradições dos homens”(1.6).
Os Trinta e Nove Artigos da Igreja Anglicana
incluem a seguinte declaração sobre SOLA SCRIPTURA “A Escritura Sagrada contém
todas as coisas necessárias à salvação: de modo que tudo quanto não for lido
nela, nem puder ser provado por meio dela, não deve ser requerido de nenhum
homem” (artigo 6).
Portanto, SOLA SCRIPTURA proclama simplesmente
que a Escritura é suficiente. O fato de Jesus ter feito e ensinado muitas
coisas não registradas na Escritura (Jo 20:30; 21:25) é totalmente irrelevante
para o princípio da SOLA SCRIPTURA. O fato de a maioria dos sermões dos
apóstolos nas primeiras igrejas formadas não terem sido escritos e preservados
para nós não diminui em nada a verdade da suficiência bíblica. O que é certo é
que tudo quanto é necessário está na Escritura — e estamos proibidos de
ultrapassar o que está escrito (I Co 4.6).
Como outros capítulos neste volume têm
demonstrado e demonstrarão, a Escritura invoca para si mesma essa suficiência e
em lugar algum mais nitidamente do que em 2 Timóteo 3.15-17. Um breve resumo
dessa passagem é apropriado também aqui. Em resumo, o versículo 15 afirma que a
Escritura é suficiente para a salvação: “...desde a infância, sabes as sagradas
letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” O
versículo 16 declara a autoridade absoluta da Escritura, a qual é “inspirada
por Deus” (em grego, theopneustos) e útil para a nossa instrução. E o versículo
17 diz que a Escritura é capaz de equipar o homem de Deus “para toda boa obra”.
Portanto, a afirmação de que a Bíblia por si mesma não ensina SOLA SCRIPTURA é
simplesmente equivocada.
Fonte :Sola Scriptura – 1995, Soli Deo Gloria
Publications. – 1a Edição – 2000
Joel Beeke, John Armstrong, John MacArthur Jr.,
Michael Horton, RC Sproul, Sinclair Ferguson e outros.
Tradução: Rubens Castilho - EDITORA CULTURA CRISTÃ
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